sábado, 23 de dezembro de 2017

Pausa para Reflexão

Então é Natal, e o que você fez?

Eu, nada. O tempo passa e as promessas não-cumpridas se acumulam. Faz tempo que penso em mudar a orientação dest blog ou criar um novo, mas há quanto tempo penso isso? Enquanto isso, continuo aqui.

Um leitor recentemente comentou que já foram quase dez anos de blog. Nossa! O tempo voa mesmo. Parece que foi ontem. E ainda estamos aqui. 

Porém, noto um certo cansaço. Natural, imagino. Tenho postado com muito menos freqüência e isto não ajuda. Além disso, de modo geral, a  "mídiasocialização" da Internet tem prejudicado um pouco os blogs mais interessantes. A maioria das pessoas procura outro tipo de conteúdo hoje em dia. Mas infelizmente eu não tenho interesse em fazer páginas de "memes" no Foice, nem virar um Youtuber raivoso que xinga todo mundo, então realmente as opções são limitadas.

Enfim, verei em 2018 o que fazer.

O curioso é que meus interesses também mudaram um pouco com o tempo. Cada vez me interesso menos pela política tradicional, que era o foco inicial deste blog, mas também por temas que até faz pouco eu seguia.

Esta mudança se refletiu também nas minhas leituras; não tenho mais tanto interesse em blogs de política e nem mesmo tanto nas questões raciais ou "HBD" ou "alt-right", e até deixei de seguir vários blogs que focavam demais nesta temática. Sim, ainda leio sempre o unz.com, mais o Sailer, e às vezes o Lihn Dihn, e até Karlin e o Saker, mas não acho nenhum deles tão grande assim: os comentaristas deles tendem a ser os melhores. Também leio a Takimag, mas mais pelo Theodore Dalrymple do que qualquer outra coisa. 

Mas alguns dos blogs mais interessantes para mim ultimamente são blogs mais ligados ao misticismo e/ou análises mais viajantes. Por exemplo, blogs como o do Aeoli Pera, ou o Gornahoor, embora muitas vezes entenda apenas 50% do que eles escrevem, não sei se por culpa deles ou minha. De vez em quando leio também o Vox Day, que é mais acessível mas também um pouco menos interessante (não consigo gostar muito dele, nem do Heartiste, nem de toda a turma PUA). Quando esto numa mood mais conspiratória, confiro o Henry Makow e a Thinking Housewife, mas sem levar tão a sério. Mas confesso que não tem nada ou quase nada que eu adore realmente.

Na verdade, talvez até devido à overdose, estou meio que cansando da Internet e voltando a ler mais literatura - e em livros de papel. É incrível pensar como discussões que para nós parecem "novas", já eram discutidas há 50, 100, ou até dois mil anos. Temas da "alt-right" já eram discutidos por Aristóteles e Platão. 

Não penso tanto em religião, na verdade em termos práticos não sigo nada, mas por algum motivo penso muito na figura simbólica de Cristo ultimamente. Pode ser apenas o sentimentalismo natalino, ou pode ser algo mais. Assim como quando somos adolescentes desdenhamos dos conselhos de nossos pais, e depois vemos que eles estavam certos, algo parecido ocorre com o Cristianismo; o desdenhamos ou rejeitamos como algo kitsch ou fora de moda na juventude, e tendemos a compreendê-lo um pouco melhor na maturidade.

Não acho que seja apenas relacionado com a relativa maior proximidade com a doença ou a morte: acho que é mais que, com o tempo, percebemos que o que é realmente mais importante "amar o próximo" do que tentarmos ser felizes através do egoísmo e do materialismo, e isto só se aprende com a experiência mesmo.

Ou seria que a queda da libido estaria por trás disso? Muitas apresentadoras de TV que passaram a juventude dando a bunda, viraram evangélicas na meia-idade. Bem, antes tarde do que nunca, penso eu; algumas, como a mal chamada Madonna, nunca se arrependeram.  

É verdade que a sexualidade, quando descontrolada, pode ser algo terrível. Leiam aqui a triste história de Moira Greyland, filha da famosa escritora Marion Zimmer Bradley ("As Brumas de Avalon"), criada por pais monstruosos, e entendam por que a elite quer reduzir tudo a sexo e mais sexo, e sexo com pessoas de cada vez menor idade. Usar e abusar dos próprios filhos e de crianças, pode haver algo mais triste (e mais demoníaco) na vida?

Acredito na empatia, acredito que devemos ser ou tentar mais bons uns com os outros. Às vezes penso que a ética Cristã é talvez até o único modo de se viver neste planeta imundo. Não que seja fácil, ao contrário: o natural é o egoísmo, como parte do instinto de auto-preservação. Fazemos mal sem nem mesmo pensar. Eu mesmo posso dizer que quase sempre falhei em ser bom, mesmo quando me custaria muito pouco. 

E no entanto, não entendo os psicopatas (e muitas pessoas da elite parecem ser de fato psicopatas). A falta de empatia, a meu ver, os torna de certa forma quase que menos humanos. E nem isso: afinal, não diria que os animais possam ser "psicopatas", aliás, como sabe qualquer um que tenha um animal doméstico, os animais podem oferecer mais empatia e amor desinteressado do que muitos humanos.

De mais a mais, é também algo positivo para nós mesmos: fazer o bem a alguém que amamos é talvez a forma mais próxima de felicidade à qual podemos almejar; certamente bem mais do que o mero hedonismo ou acumulação de bens materiais.

Não é mais feliz a mãe que se sacrifica e tudo faz pelos filhos do que a que vive uma vida solitária focada na "carreira"? Não é mais feliz o homem que faz tudo pela esposa do que alguém que passa cada noite com uma vadia diferente entre drogas e bebidas? Não é mais feliz o homem que mantém amigos fiéis por toda a vida do que aquele que trai amigos e conhecidos por dinheiro, fama ou poder? Não é mais feliz o missionário que dedica a sua vida a ajudar os outros do que o cidadão que vive enfurnado entre bens materiais e o acúmulo de dívidas e prestações?

Quem sabe? Talvez não existam respostas, apenas mais perguntas.

Talvez o importante não seja encontrar a resposta certa, mas fazer a pergunta certa.

Feliz Natal a todos.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Antes que o ano acabe

Nossa! O ano quase acabando, e eu aqui sem tempo de postar. Segue um pout-pourri de notícias que mereceriam textos mais aprofundados, mas ficará para outra vez. Abs. 

Família que é trasgênero unida permanece unida. Uma família americana do Arizona decidiu ser transex toda ao mesmo tempo. A mãe virou pai, o pai virou mãe, o filho virou filha e a filha virou filho. Agora eles dizem que são finalmente o que "eram para ser". Ah, isto sim é que é família, não a tediosa família heteronormativa tradicional. 

Aberta a temporada de caça ao branco. Já é permitido odiar brancos, e até mesmo pregar o seu extermínio. "É literalmente impossível ser racista contra brancos", disse uma negra. "Brancos são maus. A brancura é do mal", disse uma feminista mista. Mas cartazes informando que "É OK ser branco?" Isto é racismo

Black Bretanha. Notícia alarmante! Os negros caribenhos estão desaparecendo da Inglaterra! Isto por que estão se misturando adoidados com branquelas inglesas pobres, criando uma nova geração de raça mista: crianças mistas de afro-caribenho com branco-anglo já são o dobro das crianças caribenhas puras. A Economist, revista globalista imunda, celebra este fenômeno,  que chama de "assimilação bem-sucedida": "Para os jovens, acustumados a ter pessoas de todas as origens em seu meio, a raça importa muito menos que para seus pais. Em uma geração ou mais de "melting pot", não irá importar completamente". Ótimo! Excelente! Em breve a Inglaterra será um paraíso igualitário, mal posso esperar.

Terceirizando os protestos. Na mesma Inglaterra, em um festival literário no interior, houve protestos contra uma jornalista acusada de ter dito que os muçulmanos deviam deixar a Inglaterra. Ela terminou sendo impedida de falar pela multidão. O curioso é que pela foto e pelo vídeo dos protestos, eram todos brancos ingleses, não havia um muçulmano sequer - esses provavelmente estavam planejando o próximo atentado contra o branquelo trouxa.

30%. Segundo senadores americanos, existe apenas 30% de chance de que Trump ataque a Coréia do Norte, causando uma hecatombe nuclear e crise econômica global. Trump também já ameaçou Irã e colocou tropas americanas no Iêmen para ajudar os sauditas na luta contra os rebeldes locais. Trump, cabe lembrar, é o presidente "anti-globalista" que (assim como Obama) prometeu um fim às guerras eternas do Império Americano. 30% é pouco, temos chance de terminar 2017 sem destruição total. Boa semana a todos.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Exploração infantil

Quando podemos dizer que uma sociedade chega ao fundo do poço?

Creio que todos concordarão que é quando esta começa a abandonar ou corromper as suas próprias crianças.

No ótimo e delirante romance "A Pele" de Curzio Malaparte, são narrados vários horrores do fim da II Guerra em Nápoles, entre eles a prostituição infantil. Quando um pai ou uma mãe exploram a própria criança para obter comida, é sinal que o desespero e o horror chegaram ao nivel máximo. 

E no entanto os pais dos pacíficos e ricos países ocidentais fazem algo que, se não pior, é igual de moralmente indefensável. Sem passar fome nem necessidade, eles fazem de seus próprios filhos cobaias de experimentos científicos e sociais.

No outro dia um casal de idiotas decidiu dar a seu filho/a o nome de "B"para que tenha "gênero indeterminado" e "o mínimo de influência e carga social". Leiam a inacreditável entrevista com os dois paspalhos que acreditam que o gênero de seu filho bem como suas preferências de brinquedos ou roupas são apenas "construção social" e portanto infinitamente maleáveis. Interessante que, sem querer dar uma "carga social", estão dando a essa criança um nome que certamente será alvo de zoação e bullying por toda a sua infância e adolescência.

Os pais nem mesmo são tão originais quanto pensam ser: são só zumbis da mesma mídia que tanto criticam. Um caso similar ocorreu no Canadá, com uma criança chamada de "Tempestade" que é alternativamente vestido de menino ou menina para que "possa escolher". Nesse mesmo curioso país em que o primeiro-ministro pediu desculpas chorando aos gays, outro "pai" "transexual" decidiu que sequer dará um "gênero" para a criança, e a chamará de "eles" (they).

Se tem algo que me irrita profundamente é esta atitude egoísta que muitos pais (a maioria?) hoje têm com suas próprias crianças, de usá-las como um tipo de brinquedo ou apetrecho de status social. Agem sem pensar no interesse delas, mas nos deles. Acho até que prejudicar os próprios filhos por um motivo fútil, apenas para posar de "progressistas" ou "modernos", beira a psicopatia. Ora, criar é acima de tudo um dever, não uma diversão, e o pensamento deve ser todo no interesse da criança.

Vocês dirão que um nome é apenas um nome, e uma rosa é só uma rosa, mas vejam que nomes podem influenciar muitíssimo o destino de uma pessoa. Nomes estrambóticos são quase sempre motivo de zoeira (crianças podem ser cruéis). Nomes esquisitos ou "de pobre" são vistos negativamente na seleção universitária ou na busca de empregos (existem muitos estudos a respeito). E toda esta questão de "mudança de gênero", poderá ser altamente prejudicial para os filhos quando eles forem adultos. Sim, muitos crescerão e esquecerão, mas e os que não? Vale a pena arriscar o bem-estar do filho em nome de um experimento social totalmente imbecil?

O melhor mesmo talvez seja não ter filhos neste planeta de pessoas tão estúpidas e egoístas, que sacrificam suas próprias crianças no altar da vaidade.